Sobre nós

 

A existência dos Moinhos da Funcheira deve-se ao grande desenvolvimento demográfico, em meados do séc. XX, nos arredores de Lisboa e que mais tarde veio dar origem a novos municípios, como é o caso da Amadora. Este desenvolvimento urbano caracterizou-se pela formação de vários bairros na periferia da cidade. Os Moinhos da Funcheira são um dos muitos exemplos onde os diferentes equipamentos não surgiram em tempo oportuno para um bom desenvolvimento social.

Situa-se a noroeste de Lisboa pertencendo actualmente à freguesia de São Brás, Concelho e Cidade da Amadora. O nome “Moinhos da Funcheira” tem origem na existência de uma planta chamada funcho e de terem existido muitos moinhos aproveitando os ventos de nortada que se fazem sentir com muita intensidade. Existem ainda alguns vestígios destes moinhos, muito embora quase todos reduzidos a ruínas.

Na década de 60 e de 70 surgem dois aglomerados de vivendas, um a norte e outro a sul das instalações da Central Eléctrica, construída na década de 50. Com o desenvolvimento de novas urbanizações e a legalização dos bairros começam a surgir, a partir dos anos 80, um conjunto de equipamentos: estabelecimentos comerciais, armazéns, escritórios, pequenas indústrias, farmácias, um mercado municipal, departamentos e estaleiros municipais; Escola do 1º ciclo, pré-escolar e ATL, vários infantários e um lar para a terceira idade.

A construção da CREL (A9), da CRILL (IC17) e do IC16, bem como outras estruturas rodoviárias têm mantido o índice de desenvolvimento desta localidade, provocando um aumento da população até aos nossos dias.

 

No ano de 1982, iluminados pelo Espírito do Evangelho, os senhores Nuno Anacleto, Manuel Sapata e Armando Gonçalves, (os dois últimos já falecidos), pedem ao pároco de Belas (paróquia e freguesia à qual pertencia então este território) para dar início à celebração da Eucaristia aos Domingos e dias Santos nos Moinhos da Funcheira. Justificava-se pelo número crescente de habitantes que procurava a celebração da Eucaristia noutros lugares de difícil acesso dado a pouca existência de transportes públicos.

Foi celebrada a primeira Missa no dia 8 de Dezembro de 1982, solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, pelo actual Cónego Eduardo Coelho, na garagem dos Caetanos, gentilmente cedida durante 20 anos. Além dos grupos de animação litúrgica habituais, constituiu-se um grupo responsável pela comunidade, sobretudo pela montagem e desmontagem, em cada Domingo, do espaço celebrativo. Foi nessa precariedade de condições que foi surgindo, pouco a pouco, uma comunidade cristã viva e animada pelo Espírito Santo.

No final dos anos 80 e no princípio da década de 90, forma-se um grupo de jovens activo e participativo, que tem levado até hoje grande parte do trabalho de coordenação e animação de toda a comunidade. Por esta altura, organiza-se a catequese das crianças e adolescentes, inicialmente nas mesmas instalações e mais tarde nas salas da Escola do 1º ciclo. Ao mesmo tempo, vai crescendo o desejo de construir uma Igreja que possa ser um espaço para que a comunidade continue a crescer e torne possível o testemunho e o anúncio do Evangelho.

A partir de 1992, os Moinhos da Funcheira passam a pertencer à Paróquia da Amadora (Nossa Senhora da Conceição), tendo como pároco o actual Cónego António Marim. Por esta altura a comunidade define o padroeiro – O Sagrado Coração de Jesus, e inicia as suas festas anuais para angariação de fundos, em vista de uma futura construção, uma vez que já possuía um terreno que tinha sido cedido pela Câmara Municipal. Anos mais tarde é definido o programa para a construção da igreja e é realizado o primeiro projecto de arquitectura.

Após a criação da freguesia de São Brás, é constituída a Paróquia de S. Brás, a 3 de Fevereiro de 1998, sendo o seu primeiro Pároco o Pe. António Pedro Boto de Oliveira. Em Setembro de 2000 passa a ser pároco de São Brás o Pe. Juvenal João de Sousa Baltazar. Continua o trabalho de animação da comunidade e do desenvolvimento dos projectos de engenharia, aumentam-se as campanhas de angariação de fundos para a construção e constitui-se uma comissão para levar a bom termo esta obra.

A 7 de Dezembro de 2001, é benzido o terreno e a primeira pedra pelo Sr. Bispo auxiliar do Patriarcado, D. José dos Sanches Alves, iniciando-se as obras a 25 de Fevereiro de 2002. No dia 8 de Dezembro do mesmo ano, dia em que se comemorava os 20 anos da primeira Missa nos Moinhos da Funcheira, é celebrada a primeira Eucaristia nas instalações desta nova igreja. Ainda sem portas e janelas e com o tijolo à vista, é aqui que a comunidade passa a reunir-se para a celebração da sua fé. Apesar da falta de condições foi possível manter todas as actividades que a comunidade vinha a desenvolver: celebração da Eucaristia Dominical, organização de grupos litúrgicos, catequese infantil e juvenil, celebração da festa do padroeiro, organização de procissão e Via-Sacra e a devoção do terço em Maio e Outubro.

Todo o processo de construção caracterizou-se pelas dificuldades económicas, mas também pela generosidade e empenho da comunidade.

A 12 de Dezembro de 2004, com a construção concluída, efectua-se a dedicação do altar e a bênção da Igreja—Igreja do Sagrado Coração de Jesus, dando assim inicio a um novo ciclo desta comunidade.


Comunidade Católica dos Moinhos da Funcheira - Paróquia de S. Brás